Há uns dias li um artigo em que se fazia uma justa homenagem a políticos que pela sua coragem, visão, determinação e bom senso, alteraram o rumo dos acontecimentos numa direcção que a história acabaria por mostrar ser a mais correcta. Um exemplo citado foi Gorbachev. E o analista perguntava: e se nessas alturas tivéssemos tido antes políticos como os actuais? Cujas acções são claramente condicionadas pelas suas implicações eleitorais?
No fundo a pergunta é de fácil resposta. É exactamente o que aconteceu nos anos 30 em Inglaterra, conforme detalhadamente narrado por Winston Churchill na sua seminal obra sobre a 2ª Guerra Mundial.
Lembrei-me disto ao ler esta notícia:
http://expresso.sapo.pt/saida-da-grecia-do-euro-e-possivel-e-ja-nao-assusta=f741466
É sabido que a Turquia deixou de ter pressa (e, talvez, até vontade) de passar a fazer parte da União Europeia (mais uma na lista de erros crassos da política europeia). Pergunto se o Egeu deixou de ser importante. É que se eu fosse Grego, perante isto, não só quereria deixar o Euro como desejaria também deixar a UE, mantendo apenas ligações económicas à semelhança da Turquia.
É que se a UE é isto, então realmente não interessará a (quase) ninguém.